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sexta-feira, 26 de abril de 2019

Capítulo 52: 
Oposição ao Regime

Apareceu a oposição,
Apareceu um grupo firme,
Era tudo clandestino,
Com o medo do regime.

Salazar e seu regime,
Sempre sofreu oposição,
Por vezes muito em segredo,
Com medo de repressão.

Fundou-se um movimento
Por Mude conhecido,
Lutou contra Salazar,
Mas foi um tempo perdido.
 
Humberto Delgado foi,
Um forte opositor,
Lutou contra o Estado novo,
Lutou contra o ditador.

Delgado candidatou-se,
Para defender o estado,
Mas nessas eleições,
Delgado foi derrotado.

Delgado tinha apoio,
De muitas populações,
Houve fraude eleitoral,
Não ganhando as eleições.

Delgado foi perseguido,
Delgado foi exilado,
E em sessenta e cinco,
Delgado foi assassinado.

O regime de Salazar,
Sofreu contestações,
De civis e militares,
Com grandes manifestações.

Os estudantes opuseram-se
Contra o regime de Salazar,
Pois Salazar não deixava,
O seu dia festejar.

Os estudantes fizeram greves,
De luto se vestiram,
Cargas policiais,
Sobre os estudantes caíram.

Mas eles não desistiram,
Continuaram a lutar,
Escreveram poemas e baladas,
Contra a imagem de Salazar.

À revolta dos estudantes,
Juntaram-se pensadores;
Intelectuais e artistas,
Cantores e escritores.

António Sérgio historiador,
Egas Moniz, cientista,
Zeca Afonso compositor,
Aquilino Ribeiro romancista.

A oposição era feita,
Clandestina e em segredo,
Mas Humberto Delgado,
Um general sem medo.

Óscar Carmona foi,
Um presidente Consagrado,
Mas Craveiro e Tomás,
Foram fiéis ao estado.

Portugal ainda tinha,
O Império Colonial,
Mas na década de sessenta,
As coisas correram mal.

Salazar intransigente,
Com as colónias portuguesas,
Continuava a explorar,
Todas as suas riquezas.

Bélgica, França e Alemanha,
Tinham as batalhas ganhas,
Tinham dado a independência,
Às colónias africanas.

Salazar para se afirmar,
E não sofrer seus danos,
Continuava a bem tratar
Os seus irmãos africanos.

Na década de sessenta,
Portugal, perdeu seu brio,
A índia foi ocupada,
Perdeu Goa, Damão e Dio.

Também as outras colónias,
Começaram-se a revoltar,
Declarando guerra,
Para mal de Salazar.

Durante treze anos,
Portugal, guerras travou,
Com as colónias africanas,
Guerras que nunca ganhou.

Muitas lágrimas choraram,
No continente mães e pais,
Pelos filhos que perderam,
Nas guerras coloniais.

Milhares de homens mortos,
Muitos mais ficaram feridos,
Foram estas as consequências,
De treze anos perdidos.

A falta de liberdade,
A guerra colonial,
Provocaram nos portugueses,
Um descontentamento geral.

Salazar ficou doente,
Escorregou sofreu seu dano,
Entregando o poder,
Ao professor Caetano.

Caetano continuou,
Com as ideias salazaristas,
Que revolta provocou,
No partido socialista.

A primavera Marcelista,
Foi um sol de pouca dura,
Pois Marcelo não acabou,
Com os males da ditadura.

Um grupo de capitães,
Pensaram em derrubar,
O regime salazarista,
E com a ditadura acabar.

Quando morreu Salazar,
Os cofres cheios ficaram,
Mas os “Capitães de Abril”,
Esses cofres despejaram.

Ferreira Augusto

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