Capítulo 4:
Conquista definitiva
do Algarve - Povoamento de Reino
Dom Sancho pegou em armas,
Para terras conquistar.
Depois da batalha ganha,
Terras mandou povoar.
Na conquista de terras,
Participou a população,
Quer nobres, quer monges,
Lutaram de armas nas mãos.
Também iam para a guerra,
Camponeses e artesãos,
Muitas vezes mal preparados,
Com armas fracas nas mãos.
Nos combates mais importantes,
O Rei era comandante,
Na conquista de terras,
O povo foi importante.
O povo foi importante,
Para terras conquistar,
Em troca o Rei lhe dava,
Terras para cultivar.
Sancho primeiro conquistou,
Moura, Silves e Alvor,
Por mandar povoar terras,
Chamaram-lhe o povoador.
Ajudaram no povoamento,
As ordens dos Templários,
Cluni e Santiago,
Cister e os hospitalários.
Ajudaram no povoamento,
Mas não foi a custo zero,
Havia outros interesses,
Pela parte do clero.
Quando morreu Dom Sancho,
Sentiu-se um choro profundo,
Sucedeu-lhe no trono,
Seu filho Afonso Segundo.
Afonso segundo o gordo,
A quem o povo queria bem,
Nasceu um dia em Coimbra
E morreu em Santarém.
Filho de Sancho primeiro,
E de Dulce de Aragão,
Ajudou no povoamento,
Aos pobres deu terras e pão.
Criou muitas Leis Gerais,
Aplicadas mais tarde;
Direito à justiça Civil,
Também da propriedade.
“O hábito faz o monge”,
Disso toda a gente sabe!
Don Sancho enquanto pequeno,
Andou vestido de frade.
Sancho Segundo o capelo,
Nunca viveu num convento.
Envolveu-se em várias lutas,
Teve um reinado Turbulento.
Sancho segundo o capelo,
Não deixou um filho varão,
Quando morreu sem herdeiro,
Em mil duzentos e quarenta e nove,
O Rei Afonso terceiro,
Reconquistou o Algarve,
Foi um ilustre guerreiro.
Deram a Afonso Terceiro,
O cognome de Bolonhês,
Rei de Portugal e dos Algarves,
Foi um Rei bem português.
O rei Afonso terceiro,
Em Espanha se casou,
Com Dona Brites a “Rabuda”,
Esta alcunha ela tomou.
"Pelote" com rabo atrás,
Vestia esta rainha,
Para tapar um defeito,
Que na sua perna tinha.
Para tapar um defeito,
Que na sua perna tinha.
Para delimitar fronteiras,
E evitar mais entriguisses,
Foi preciso assinar,
O Tratado de Alcanices.
O tratado de Alcanices,
Um marco fenomenal,
Delimitou as fronteiras,
Entre Espanha e Portugal.
Dom Fernando e Dom Dinis,
Monarcas leais,
Delimitaram as fronteiras,
Que ainda hoje são atuais.
Assim as populações,
Ficaram a conhecer,
As terras que cada reino,
Deveria defender.
Dividiram-se as terras,
Entre Portugal e Espanha.
Que o Povo foi povoando,
Quer no vale, quer na montanha.
Povoou-se o território,
Fundaram-se aldeamentos,
Que foram crescendo então,
Com o decorrer dos tempos.
Os campos que estavam incultos,
Começam a ser desbravados,
Semeou-se trigo e cevada,
Em volta dos povoados.
Os monarcas desse tempo,
Possuíam muita riqueza,
Repartiram muitas terras,
Pelo clero e nobreza.
Distribuíram muitas terras,
Pelas ordens militares,
Pelos conventos e mosteiros,
Pelas classes populares.
Há três grupos sociais,
Neste Portugal novo,
Clero e a nobreza,
Na base ficava o povo.
O Clero que rezava,
O Clero que rezava,
A nobreza que combatia,
O povo que trabalhava,
Este, nada recebia.
Este, nada recebia.
O povo que trabalhava,
Só tinha obrigações,
Pagava altos impostos,
Não recebia pensões.
Assim se foi povoando,
O território Português,
Quer no norte, quer no sul,
Foi importante o camponês.
Afonso Segundo o Gordo,
Sancho Primeiro o povoador,
Sancho Segundo o capelo,
Dom Dinis o lavrador.
Sem comentários:
Enviar um comentário