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quarta-feira, 22 de março de 2017

Capítulo 4:
Conquista definitiva do Algarve - Povoamento de Reino

Dom Sancho pegou em armas,
Para terras conquistar.
Depois da batalha ganha,
Terras mandou povoar.

Na conquista de terras,
Participou a população,
Quer nobres, quer monges,
Lutaram de armas nas mãos.

Também iam para a guerra,
Camponeses e artesãos,
Muitas vezes mal preparados,
Com armas fracas nas mãos.

Nos combates mais importantes,
O Rei era comandante,
Na conquista de terras,
O povo foi importante.

O povo foi importante,
Para terras conquistar,
Em troca o Rei lhe dava,
Terras para cultivar.

Sancho primeiro conquistou,
Moura, Silves e Alvor,
Por mandar povoar terras,
Chamaram-lhe o povoador.

Ajudaram no povoamento,
As ordens dos Templários,
Cluni e Santiago,
Cister e os hospitalários.

Ajudaram no povoamento,
Mas não foi a custo zero,
Havia outros interesses,
Pela parte do clero.

Quando morreu Dom Sancho,
Sentiu-se um choro profundo,
Sucedeu-lhe no trono,
Seu filho Afonso Segundo.

Afonso segundo o gordo,
A quem o povo queria bem,
Nasceu um dia em Coimbra
E morreu em Santarém.

Filho de Sancho primeiro,
E de Dulce de Aragão,
Ajudou no povoamento,
Aos pobres deu terras e pão.

Criou muitas Leis Gerais,
Aplicadas mais tarde;
Direito à justiça Civil,
Também da propriedade.

“O hábito faz o monge”,
Disso toda a gente sabe!
Don Sancho enquanto pequeno,
Andou vestido de frade.

Sancho Segundo o capelo,
Nunca viveu num convento.
Envolveu-se em várias lutas,
Teve um reinado Turbulento.

Sancho segundo o capelo,
Não deixou um filho varão,
Quando morreu sem herdeiro,
Sucedeu-lhe o seu irmão.

Em mil duzentos e quarenta e nove,
O Rei Afonso terceiro,
Reconquistou o Algarve,
Foi um ilustre guerreiro.

Deram a Afonso Terceiro,
O cognome de Bolonhês,
Rei de Portugal e dos Algarves,
Foi um Rei bem português.

O rei Afonso terceiro,
Em Espanha se casou,
Com Dona Brites a “Rabuda”,
Esta alcunha ela tomou.

"Pelote" com rabo atrás,
Vestia esta rainha,
Para tapar um defeito,
Que na sua perna tinha.

Para delimitar fronteiras,
E evitar mais entriguisses,
Foi preciso assinar,
O Tratado de Alcanices.

O tratado de Alcanices,
Um marco fenomenal,
Delimitou as fronteiras,
Entre Espanha e Portugal.

Dom Fernando e Dom Dinis,
Monarcas leais,
Delimitaram as fronteiras,
Que ainda hoje são atuais.

Assim as populações,
Ficaram a conhecer,
As terras que cada reino,
Deveria defender.

Dividiram-se as terras,
Entre Portugal e Espanha.
Que o Povo foi povoando,
Quer no vale, quer na montanha.

Povoou-se o território,
Fundaram-se aldeamentos,
Que foram crescendo então,
Com o decorrer dos tempos.

Os campos que estavam incultos,
Começam a ser desbravados,
Semeou-se trigo e cevada,
Em volta dos povoados.

Os monarcas desse tempo,
Possuíam muita riqueza,
Repartiram muitas terras,
Pelo clero e nobreza.

Distribuíram muitas terras,
Pelas ordens militares,
Pelos conventos e mosteiros,
Pelas classes populares.

Há três grupos sociais,
Neste Portugal novo,
Clero e a nobreza,
Na base ficava o povo.

O Clero que rezava,
A nobreza que combatia,
O povo que trabalhava,
Este, nada recebia.

O povo que trabalhava,
Só tinha obrigações,
Pagava altos impostos,
Não recebia pensões.

Assim se foi povoando,
O território Português,
Quer no norte, quer no sul,
Foi importante o camponês.

Afonso Segundo o Gordo,
Sancho Primeiro o povoador,
Sancho Segundo o capelo,
Dom Dinis o lavrador.
Ferreira Augusto

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