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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

MONARQUIA ABSOLUTA DE D.JOÃO V

Magnânimo foi o nome,
Que deram ao rei poderoso,
Por outros reis era invejado,
Seu reino grandioso.

Era rei absoluto,
Detinha todos os poderes,
Gozava de privilégios,
Escamoteava os deveres.

No tempo de D.João V,
Era rica a Nação.
Na sua corte havia luxo,
Riqueza e ostentação.

Havia bailes de gala,
Grandes festas e touradas,
O que causou mais espanto,
Foram as suas embaixadas.

Suas faustosas embaixadas,
Feitas a Roma, Áustria e Paris,
Simbolizavam poder,
E a riqueza do país.

Os palácios e solares,
Eram muito decorados,
Havia lindos tapetes,
E belos quadros pintados.

Nos palácios e solares,
Havia tapeçarias,
Lustros por todos os cantos,
E finas louças das índias.

As senhoras viviam,
Recatadas nos salões.
Apareciam a animar,
Grandes festas e serões.

Havia jogos na corte,
E para manter a tradição,
Jogavam damas e xadrez,
O ganso e o gamão.

Dançavam algumas danças,
Ao toque do violino.
Minueto e pavana,
Para dançar com jeitinho.

Havia berlindas e coches,
Puxados pelos cavalos,
Para levarem os nobres,
A assistirem a espectáculos.

O Clero e a Nobreza,
Classes privilegiadas,
Viviam em palácios vistosos,
Iam a festas e touradas.

Para festas e touradas,
Ia o Clero e a Nobreza,
Mostrando sua valentia,
Exibicionismo e destreza.

O Clero e a Nobreza,
Tinham apenas direitos,
Iam a festas e touradas,
Iam a grandes concertos.

Tinham grandes propriedades,
Pelo povo trabalhadas,
Recebiam rendas e impostos,
Que o pobre povo pagava.

O clero ordem rica,
Ao culto se dedicava,
Dava assistência aos doentes,
Os hereges condenavam.


O Clero dirigia,
O tribunal da inquisição,
Que condenava à fogueira,
Quem fosse de outra religião.

No campo os camponeses,
Trabalhavam sem colher frutos.
Ao Clero e à Nobreza,
Pagavam altos tributos.

Nas cidades viviam,
Trabalhadores, aguadeiras,
Ambulantes e burgueses,
Comerciantes e regateiras.

Nas cidades do século XVIII,
Havia muitos mendigos,
Muitos pobres e delinquentes,
Órfãos e desprotegidos.

Pelo clero e pela nobreza,
Distribuiu muita riqueza,
Ainda hoje é visível,
Nos solares e igrejas.

Não houve só festas nem bailes,
Nem passeios nem divertimentos,
D.João V mandou construir,
Imponentes monumentos.

Aquedutos de águas-livres,
Tinham fina arquitectura,
Mas o convento de Mafra,
Hoje na história perdura.

A arte barroca era,
De azulejos decorada,
Tinha curvas, contracurvas,
E muita talha dourada.


Ferreira Augusto

1 comentário:

Olga Lima disse...

Que interessante ver a história nesta perspectiva...:)