A
batalha entre o Grilo e o Leão
Era uma vez um grilo
que morava na selva, tinha uma toca a que dava o nome de palácio. Um certo dia
estando muito sossegado dentro do seu “palácio”, sentiu que alguém estava a
calcar em cima da toca, aflito saiu para fora, e disse:
_ Quem está a calcar o
meu palácio?
- Pois fica sabendo que
é o palácio onde eu moro à bastante tempo e que eu muito estimo. Vem agora o
rei dos animais dar cabo dele?! – Disse o Grilo.
_ Olha, olha o fedelho
do grilo! Se lhe ponho uma pata em cima, passa desta para melhor! – Disse o Leão.
_ Cuidado com aquilo
que estás a dizer, conforme me vês, eu sou capaz de te vencer a ti e qualquer
outro animal da selva. Venço qualquer animal sem precisar pegar numa arma com
as mãos debaixo da barriga. Responde o grilo.
_ Olha, olha, se és
assim tão valentão, nem é tarde, nem é cedo, vamos marcar uma batalha e depois
veremos quem sai vencedor! – Disse o Leão.
Combinaram o dia e a
hora do confronto. Depois de combinarem o dia e a hora o leão partiu e pelo
caminho encontrou a comadre raposa.
_Comadre raposa, acabei
de marcar uma batalha com o grilo que mora além do rio, podes ir ter com ele
como minha mensageira e pede-lhe para desistir da batalha. Porque eu e o meu
exército poderoso, não temos medo do grilo! Disse o Leão.
Lá foi então a raposa,
ter com o grilo.
O grilo estava cantando
à entrada do seu palácio.
_Olá grilo, sou
mensageira do leão que me mandou cá para que te diga que desistas do confronto.-
Disse a Raposa.
- Não desisto, tenho o
meu exército preparado para a batalha. – Disse o Grilo!
_ Olha, olha o que vais
tu fazer contra o exército poderoso do leão? – Perguntou a raposa e disse ainda
– Está-se-me a encher a boca de água, talvez fosses um bom petisco para o meu
lanche e acabava aqui a guerra entre ti e o leão.
_Eu sou tão pequenino,
não dá para encher a tua barriga! Espera um bocadinho que eu vou chamar os meus
parentes que estão ali ao lado! – Disse o Grilo.
Lá foi o grilo, abrir a
porta da casa das vespas que saíram todas alvoroçadas e que vão diretamente
picar a raposa, que cheia de medo fugiu, não querendo mais conversas com o
grilo.
Quando chegou junto do
leão, o leão perguntou-lhe: - Que novidade me trazes? – Perguntou o leão.
_O grilo não desiste da
batalha, e tu toma muito cuidado que vais ser derrotado! – Disse a raposa.
_ Como é que eu vou ser
derrotado, se eu levo comigo os meus soldados bem armados? Como? – Disse o
leão.
_ Logo se verá, quem
sai vencedor! – Disse a raposa.
No dia seguinte o leão
partiu com o seu exército…levou o lobo, o elefante, a onça, a raposa, etc.
Quando chegaram junto
do palácio do grilo, não viram grilo em lado nenhum!
_Já não vamos ter batalha,
pois aqui não há ninguém. – Disse o Leão:
Estando eles nesta
conversa, eis que o grilo sai do seu palácio, muito sorrateiro a
espreguiçar-se.
_ Então, estamos aqui
já há bastante tempo, e tu sem apareceres! – Disse-lhe o Leão.
_ Acordei tarde, mas
ainda não está na hora! Deixa-me comer aqui umas ervitas e já vamos para o
nosso confronto. – Disse o Grilo.
_ Como queres combater
comigo, se não tens nenhum exercito aqui preparado? – Perguntou o leão.
_ Isso é o que a ti te
parece, verás se não tenho um exército, verás…
Espera dois segundos
que eu vou chamar os meus soldados! – Disse o Grilo.
Nisto o grilo foi
novamente abrir a porta às vespas. Tal como aconteceu da primeira vez as vespas
começaram a atacar, desta vez todo o exército do leão.
Apavorados cada um fugiu
o mais que podia, deixando o grilo em paz.
_O lobo levou tantas
picadas que ficou cego, tendo dado uma cabeçada numa árvore enquanto fugia,
tendo caído para o lado de boca aberta.
O leão que ia logo atrás
dele viu o lobo deitado no chão a espernejar e de boca aberta e disse-lhe –
Olha olha perdi a guerra e tu ainda te estás a rir? Pois olha fica-te a rir que
a mim por estas bandas, não me voltam a ver tão cedo!
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