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segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

Capítulo 31: 
A Restauração

Mil seiscentos e quarenta,
Ano da Restauração,
É data por excelência,
Que não sai do coração.

No dia um de dezembro,
Portugal foi libertado,
Foram expulsos os Filipes,
Ficou um dia feriado.

No dia um de dezembro,
O povo e a nobreza,
Mataram Vasconcelos,
Expulsaram a duquesa.

O Rei Dom João Quarto,
Foi um Rei glorioso,
Mas o rei Afonso Sexto,
Foi um rei vitorioso.

Expulsaram os Filipes,
Os valentes portugueses,
Com o apoio do Estrangeiro,
Franceses e Ingleses.

Houve vários conselheiros,
Nas cortes dia a dia,
O conde de castelo Melhor,
E o Conde de Atouguia.

João Quarto casou,
Com Luísa de Gusmão,
Quando chegou a Lisboa,
Teve grande recepção.

Luísa de Gusmão era,
Uma mulher destemida,
Mais quis ser Rainha uma hora,
Que duquesa toda a vida.

O rei Dom João Quarto,
Ficou o restaurador,
A sua corte foi palco,
De intrigas e humor.

Domingos Leite Pereira,
Tentou matar Dom João,
Organizou um atentado,
Ao passar uma procissão.

A arma não disparou,
Foi um milagre de Deus,
Domingos viu uma luz,
Á Frente dos olhos seus.

Não viu Rei, nem a Rainha,
Nem ninguém na procissão.
Pereira foi condenado,
Pela Santa Inquisição.

Luísa de Gusmão,
Foi regente e rainha,
Enquanto ela reinou,
Houve mexericos na cozinha.

Luísa de Gusmão,
Foi uma rainha sem medo,
Ela apoiou os seus filhos,
Afonso Sexto e Dom Pedro.

O Rei Afonso Sexto,
Foi um rei sem ter reinado,
Teve várias namoradas,
Com Francisca foi casado.

Maria Francisca era,
Uma Princesa francesa,
Casou em Portugal,
Foi rainha portuguesa.

Esta bonita princesa,
Em Portugal se casou,
De França a Portugal,
Forte guarda a escoltou.

Francisca veio escoltada,
Durante a viagem inteira,
Com medo que os Espanhóis,
A fizessem prisioneira.

Os franceses tinham medo
Que os espanhóis ao passar,
A fizessem prisioneira,
Para a guerra negociar.

A história fala pouco,
Sobre este casamento,
Afonso esteve encerrado,
Viveu longo sofrimento.

Naquela cela fechado,
Sofreu o seu coração,
Tantos passos ele deu,
Que até poliu o chão.

Afonso foi degredado,
Em Sintra esteve fechado,
Francisca depois casou,
Com Dom Pedro seu cunhado.

O rei Afonso Sexto,
Foi feito prisioneiro,
Morreu com quarenta anos,
Em Sintra no cativeiro.

Afonso Sexto tarado,
Diminuído sexualmente,
Muitas vezes foi acusado,
De ser um Rei impotente.

De Francisca e Dom Pedro,
Nasceu o Rei Dom João,
Foi Rei absoluto,
Viveu com ostentação.

Houve batalhas e guerras,
Contra o inimigo de Portugal,
Linhas de Elvas e Montes Claros,
Figueira e Ameixial.

Durante vinte e oito anos,
Não teve paz a Nação,
Ao cabo de vinte e oito anos,
Assinou-se a paz então.

Pedro Segundo, o Pacífico,
Soube guerras evitar,
Assinou a paz com Espanha,
Para sangue não derramar.

Dom Pedro herdou o trono,
Que estava em decadência,
Com tanta guerra travada,
Guerras da independência.

Portugal estava em crise,
Em crise Portugal estava,
A culpa era do monarca,
Que em Portugal reinava.

Para sair dessa crise,
Adoptou-se o Mercantilismo,
Que não recebeu apoio,
Nem humano, nem divino.

A política Mercantilista,
Por Colbert foi criada,
A industria manufactureira,
Foi um dia aplicada.

O Estado para ser forte,
E tornar-se grandioso,
Deve possuir nos cofres,
Muito metal precioso.

Um Estado para ser forte,
E fazer seu povo feliz,
Deve ter ouro e prata,
Nos cofres do seu país.
Ferreira Augusto

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