O
Ceguinho
Aquele ceguinho que há pouco,
Além visto assentado,
Alberga no seu peito,
Um tão terrível desgosto.
Diz que à mãe lhe jurara,
Ao ser mobilizado,
Que nunca desertaria,
Uma vez do seu posto.
Mas ao chegar à frente,
Sentiu forte saudade!
De voltar à terra,
Por ter amor à vida!
Ele caminhar, caminhou,
Em direcção ao lar,
Mas quando lá chegou,
Já era muito tarde.
Bateu, bateu à porta,
Ouviu sua mãe bradar,
- Aqui não tem guarida,
Um filho que é cobarde!
Disse ele: - Óh minha mãe,
Eu desertei da guerra,
Só para a vir beijar,
Eu quebrei minha jura!
A mãe lhe respondeu:
- Morto sejas, na serra!
Pelos lobos que há pouco,
Andavam na planura.
Partira sorridente,
Para os campos da batalha.
Mas dois anos depois,
Voltou ceguinho à terra.
E ao abraçar a mãe,
Mostrou-lhe uma medalha,
E a mãe chorou ao ver,
No peito a cruz da guerra.
Mas ao abraçar a mãe,
Mostrou-lhe um medalha,
E a mãe chorou ao ver,
No peito a cruz da guerra.
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