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quarta-feira, 5 de junho de 2013



Para a senhora Dona Tróica

Passeia por Portugal,
Uma senhora estrangeira,
Veio da Europa Central,
Não é casada nem solteira.

Trás carteiras de marca,
Revestidas com metal,
Com muito ouro e prata,
Levados de Portugal.

Vai aqui, vai acola,
Essa senhora matreira.
Só se vai embora de cá,
Quando encher a carteira.

Não é velha, nem é nova,
Mas já tem cabelos brancos.
Seu trabalho põe à prova,
A limpar os nossos bancos.

Que se vá lixar a Tróica,
Grita, alto a mocidade,
Que se vá lixar a Tróica,
Mais a sua austeridade.

Deste povo não tem dó,
É astuta no trabalho,
Vai limpando o grosso pó,
Deixa apenas o borralho.

Tem mestria na limpeza,
Orgulho na profissão.
Portugal está na pobreza,
Sem euros, ouro, nem pão.

“É ladra e alcoviteira”,
Gama aqui e rouba ali.
Ela é que enche a carteira,
E deita culpas ao FMI.

Que se vá lixar a Tróica,
Grita o povo Português,
Que se vá lixar a Tróica,
Mais o trabalho que ela fez.

Ferreira Augusto

2 comentários:

Unknown disse...

Professor Luciano

tem que ir à televisão cantar a sua música e tocada pela sua gaita! :)

Abraço do seu Amigo Leão

Anónimo disse...

Professor e poeta Luciano

Cá estou agora no seu blogue, depois de termos estado a almoçar em Bragança há bem poucos dias. Já o coloquei nos Favoritos.
Um abraço.
Carlos Sambade