Translate

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Barreiras Arquitectónicas

Boa noite meus senhores,
Vou agora começar,
É da minha obrigação,
A todos cumprimentar.

Em versos eu vou falar,
Nesta nossa actividade,
Nas barreiras arquitectónicas,
Que abundam nesta cidade.

Da minha casa à escola,
Cinco barreiras encontro,
Umas bem perto das outras,
As quais me deixam tonto.

Mal ponho o pé no passeio,
Encontro uma varanda,
Impedindo a mobilidade,
A quem no passeio anda.

Essa enorme barriga,
No passeio fica mal,
São obras dos engenheiros,
Que temos em Portugal.

Mandei lá uma testada,
Fui parar ao Hospital,
Andei com um galo na testa,
Cantava cócórocó mal.

O galo cantava mal,
Sua voz não tinha tom,
Se o engenheiro ouvisse,
Ficava com um grande melão.

Encontro gordas barrigas,
Buracos, alguns magriços,
Passadeiras sem semáforos,
Carros, caixotes do lixo.

Quando chega o calor,
Estendem-se as esplanadas,
Perco-me no meio delas,
A baterem patas cruzadas.

Falei de algumas barreiras,
Mas ainda há muitas mais,
Das que eu tenho mais medo,
São das barreiras sociais.

Acreditem que é verdade,
Amigos não vos engano!
Tudo isto acontece,
No dia-a-dia ao Luciano.

Despedida, despedida,
Eu despeço-me a cantar,
Boa sorte para todos,
E passeios livres para andar.

Ferreira Augusto

1 comentário:

Anónimo disse...

Muito bem ;-)