SEMPRE ÁS ESCURAS
Conheço muitas meninas,
Umas feias, outras belas.
Quando estão à minha frente,
Eu toco nos órgãos delas.
Eu toco acordeão,
Concertina e cavaquinho.
O que me dá mais consolo,
É o órgão feminino.
Eu vou tocando,
Eu vou tocando,
Eu vou tocando,
Sem partituras.
Eu vou tocando,
Eu vou tocando,
Nos órgãos delas
Sempre às escuras.
Quando ponho a mão no órgão,
Elas gritam, toca mais,
Sai melodia perfeita,
Sem recorrer aos pedais.
Eu toco com a esquerda,
Também toco com a direita,
Toco de dia e de noite,
E sai melodia perfeita.
Eu vou tocando,
Eu vou tocando,
Eu vou tocando,
Sem partituras.
Eu vou tocando,
Eu vou tocando,
Nos órgãos delas
Sempre às escuras.
Ferreira Augusto
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