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terça-feira, 2 de março de 2010


A Ribeira

Ó ribeira, ó ribeira,
Ó ribeira tão linda,
Fui naccida na ribeira,
Não me afaço em Coimbra.

Ó ribeira, ó ribeira,
Ó ribeira és tamanha,
Fui nascida na ribeira,
Não me afaço em Espanha.

Não me afaçio em Espanha,
Entre a salsa e a carqueja,
Havemos de casar os dois,
No altar daquela igreja.

No altar daquela igreja,
Disse adeus à liberdade,
Estava louca do sentido,
Quando te fiz a vontade.

Quandfo te fiz a vontade,
Melhore me fora morrer,
Agora estou doentinha,
Nunguém me pode valer.

Ó ribeira, ó ribeira,
Ó ribeira pé de freixo,
Posso morrer amanhã,
Que pena a ninguém não deixo.

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