Capítulo 30:
A União Dinástica
Longe,
longe, ficava a Índia,
Difícil de
governar,
Havia muitos
naufrágios,
Muitos
piratas no mar.
O comércio
das especiarias,
Começava a
fracassar,
Havia
corrupção,
Em quem
estava a governar.
Havia muitos
corsários,
Quer no mar,
quer na terra,
Muitos deles
ao serviço,
Da Rainha de
Inglaterra.
No fundo do
oceano,
Repousa
alguma riqueza,
Dos barcos
que afundou,
A pirataria
inglesa.
No fundo do
oceano,
Existe muita
riqueza,
Difícil de
encontrar,
Tal é sua
profundeza.
O corsário
Francis Draik,
Muito barco
assaltou,
Por ser
astuto e corajoso,
Seu nome na
história ficou.
O Rei Dom
João Terceiro,
Possuía
enorme riqueza,
Mas no fim
do seu reinado,
Mostrou
alguma fraqueza.
Quando
morreu Dom João,
Estava o
reino decadente,
Pois tinha
entrado em crise,
O comércio
do Oriente.
Subiu ao
trono seu neto,
O jovem Dom
Sebastião,
Que
procurava riqueza,
E também
afirmação.
À frente de
um exército,
Vai o jovem
Sebastião,
Apoiado pela
nobreza,
Para a sua
perdição.
Foi para
Alcácer-Quibir,
A onde foi derrotado,
Nunca mais
ninguém o viu,
Ficou o Rei
desejado.
O cardeal
Dom Henrique,
Homem, culto
da religião,
Era tio e avô,
Do Rei Dom
Sebastião.
Dois anos
ele governou,
O Reino de
Portugal,
Ao cabo
desses dois anos,
Morreu
também o Cardeal.
Não havia sucessor,
Ao trono de
Portugal,
Apareceram
três candidatos,
Parentes do
Cardeal.
Filipe Rei
de Espanha,
Catarina de
Bragança,
António
Prior do Crato,
Fizeram
grande festança.
Filipe Rei
de Espanha,
Possuía
grande riqueza,
Logo recebeu
o apoio,
Do clero e
da nobreza.
Filipe
invadiu Portugal,
Prior do
Crato derrotou,
Em mil
quinhentos e oitenta e um,
Rei de
Portugal, se intitulou.
Nas cortes
de Tomar,
Promessas
fez mais de mil,
Que sempre
defenderia,
Timor,
Angola e o Brasil.
Que sempre
respeitaria,
A Língua
Portuguesa,
Os usos e os
costumes,
Os cargos e
a moeda.
Tivemos
sessenta anos,
Sob o
domínio Filipino,
Mas com Dom
João Quarto,
O caso piou
mais fino.
Os Filipes
não eram nossos,
Eles eram
Castelhanos,
Durante
sessenta anos,
Provocaram
muitos danos.
Praticaram
injustiças,
Contra a
gente Portuguesa,
Levados pela
cobiça,
De toda a
nossa riqueza.
Lançaram
altos impostos,
Os cargos
não eram dados,
Para guerras
e batalhas,
Nossos
homens eram levados.
Muitos
homens portugueses,
Os Filipes
recrutavam,
Muitos
navios e armas,
Para as
guerras levavam.
As colónias
Americanas,
Deixaram de
ser protegidas,
As promessas
de Tomar,
Deixaram de
ser cumpridas.
Deixaram de
proteger,
As colónias
Portuguesas,
Franceses e
holandeses,
Roubavam
nossas riquezas.
Fizeram
várias revoltas,
Contra o
poder Filipino,
No porto as
maçarocas,
Em Évora o
Manuelinho.
Filipe
Quarto o grande;
Filipe
Segundo o prudente,
Filipe
Terceiro o Pio,
Não foi um
Rei inteligente.