Causas da Queda da
Monarquia
No ultimo quartel,
Do século dezanove,
A burguesia estava rica,
O povo continuava pobre.
Com o comércio e a industria,
A burguesia enriquecia,
O pobre povo coitado,
Da pobreza não saia.
Havia descontentamento,
De muitas populações,
Para a queda da monarquia,
Apontam-se estas razões:
A Inglaterra lançou,
Um ultimato a Portugal,
O rei dom Carlos cedeu,
As coisas correram mal.
O povo não aceitou,
O ultimato estrangeiro,
E logo se revoltou,
No trinta e um de janeiro.
No Porto os republicanos,
Foram então derrotados,
Uns foram para a prisão,
Outros foram exilados.
O ultimato inglês,
Provocou contestação,
Mas o défice financeiro,
Empobrecia a Nação.
Dom Carlos queria touradas,
Desportos e passear,
Deu poderes a João Franco,
Para o País governar.
As Potências Europeias,
Tinham grandes pretensões,
Para o continente africano,
Mandavam expedições.
Mandavam expedições,
Com caminhos estudados,
Procuravam matérias-primas,
Mão-de-obra e mercados.
Portugal também mandou,
Para o continente Africano,
Algumas expedições,
Que duraram alguns anos.
Cerpa Pinto e Capelo,
Partiram num barco chique,
Chegaram ao Litoral,
De Angola e Moçambique.
Fizeram-se neste século,
Viagens de exploração,
Ocupando regiões ricas,
De ouro, diamantes e algodão.
A Conferência de Berlim,
A África repartia,
Pelas Potências Europeias,
Que jogavam à corrida.
O mapa cor-de-rosa,
Portugal elaborou,
Mas a Inglaterra invejosa,
Logo, logo reclamou.
O mapa cor-de-rosa,
Defendia o espaço português,
Que era cobiçado,
Pelo governo Inglês.
Criaram-se alguns partidos,
Republicano e Socialista,
Defendiam suas ideias,
Nos jornais e nas revistas.
Apareceu a carbonária,
Também a maçonaria,
Ajudaram os republicanos,
A derrubar a monarquia.
Dom Carlos o magnata,
Um rei de muito valor,
Teve espingardas de prata,
Não foi um bom caçador.
João Franco foi contestado,
Pelo povo, nessa altura,
O rei delegou-lhe poderes,
Implantou uma ditadura.
Nas mãos de João Franco,
Delegou muito poder,
Implantou a ditadura,
E fez o povo sofrer.
Havia oposição,
De republicanos e maçonaria,
Que desejavam acabar,
Com o fim da monarquia.
Em mil novecentos e oito,
No dia dois de fevereiro,
Mataram o rei Dom Carlos,
E o seu filho herdeiro.
Na Praça do comércio,
Dom Carlos o martirizado,
Ao chegar de uma caçada,
Nessa praça foi caçado.
A rainha Dona Amélia,
Ficou doente e sem brilho,
No atentado perdeu,
Seu marido e filho.
Na Praça do comércio,
Dom Carlos o martirizado,
Ao chegar de uma caçada,
Nessa praça foi caçado.
A rainha Dona Amélia,
Ficou doente e sem brilho,
No atentado perdeu,
Seu marido e filho.
Subiu ao trono Dom Manuel,
Muito jovem sem experiência,
Delegou poderes a nobres,
Que não tinham competência.
Dom Manuel o desterrado,
Foi banido de Portugal,
Foi exilado no estrangeiro,
Ele e a família real.
Manuel segundo foi,
Um rei sem futuro e esperança,
Foi o ultimo monarca,
Da Dinastia de Bragança.
Ferreira Augusto