É Natal!
Tocam os sinos, é natal,
As noites têm mais luz!
Criança em casa vê,
Prendas que trouxe o Jesus.
Tu que és criança nobre,
E tens brinquedos para estragar.
Não vês aquele menino pobre,
Que nada tem para brincar.
Há muita criança rica,
Que vive com satisfação.
Criança que é pobrezinha
Não pode ter natal, não!
Para ele não há natal,
O que vê no sapatinho,
Muita tristeza e dor,
Em vez de amor e carinho.
Menino que não tem escola,
Criancinha sem idade,
Garoto que pede esmola,
Pelas ruas da cidade.
É assim o Natal seu,
Em cada manhã, em cada dia.
Para ele o Jesus do Céu,
Não passa de uma fantasia.
Desejo às criancinhas,
Deste nosso Portugal.
Que tenham muitas prendinhas,
Este ano pelo natal.
Natal é palavra mágica,
De um expressão delicada.
Natal para alguns é muito,
Para outros não é nada.
Desta cidade querida,
Lanço o meu grito profundo!
Nesta quadra festiva,
Aos homens de todo o mundo.
Que sejam todos amigos,
Amigos como irmãos.
Que deixem de atirar tiros,
Que haja aperto de mãos.
Que acabe o ódio e a vingança,
Neste mundo de ilusão.
Façam as armas perdidas,
Ninguém mate o seu irmão.
Enquanto as armas malditas,
Não deixem de matar.
Não pode haver Natal não,
Em cada rosto em cada olhar.
Ferreira Augusto