Pastor Facticida
Escutem lá meus senhoires,
O caso que eu vou contar,
Foi um homem, assassinado,
Por quem andava a roubar.
Este caso tão horroroso,
Vai ficar na lembrança,
Foi na aldeia de milhão,
No concelho de Bragança.
Era um malvado pastor,
Que o seu lameiro comia,
O homem saiu de casa,
Para ir fartar a cria.
Para que me comes o lameiro,
Disse ele para o pastor,
Agora o que tu merecias,
Era chamar-te um doutor.
O pastor com a raiva profunda,
Logo ao homem se atirou,
Deu-lhe tamanha pedrada,
Logo ao chão o deitou.
Levava um roçadora.
Esse honrado lavrador ,
Com ela o partiu ao cachos,
O malvado do pastor.
Partira-lhe então o cabo,
Sem mais nada demorar.
Sentou-se-lhe em cima do peito,
Para melhor descansar.
A toda a gente causou dó,
Lá dentro daquela terra.
Foi pior do que um cortador,
Quando corta uma vitela.
As vacas que andavam no lameiro,
A casa foram a ter.
E logo um filho desse homem,
Do pai logo foi saber.
O filho ao ver o paizinho,
Deu-lhe grande aflição.
Ele não conseguiu suster-se,
Quase morto caiu no chão.
Não terás vergonha ó malvado,
No dia do julgamento.
Roubas-te e assassinas-te,
Òh que tão feio exemplo,
Não terás vergonha óh malvado,
Se não de acabar na prisão.
Teu concelho é Bragança,
Não voltas mais a milhão.
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