Translate

segunda-feira, 1 de março de 2010

Ermelinda

-De onde vens ó Ermelinda,
De onde vens, tão orvalhada,
Com o cabelo aos anéis,
E a face desmaiada.
Com a face desmaiada,
Isto é de não dormir,
Se alguma coisa houver,
Eu hei-de a encobrir.

O malvado do irmão,
Ao seu pai lho foi contar,
À sala dos estudantes,
Aonde ele a estava a esperar.

Mandou chamar alfaiate,
Dos melhores mestres que havia,
Faz favor de examinar,
A saia da minha filha.

A saia da sua filha,
Ela não está mal talhada,
O defeito que ela tem,
È a barriga inchada.

Prepara-te ó minha filha,
Prepara-te bem preparada,
Amanha por esta hora,
Vais ser morta, és queimada.

O carro que vai na estrada,
Com aceno já parou,
A menina que vai dentro,
Ainda se não confessou.

Apareceu ali um padre,
Que sua missa ia rezar,
Venha cá essa menina,
Que a quero confessar.
Venha cá essa menina,
Que a quero confessar,
Estou aqui neste momento,
Duas almas vou salvar.

Sem comentários: