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quinta-feira, 20 de julho de 2017

Capítulo 16: 
Dom Dinis e suas obras

O rei Afonso Terceiro,
Esteve em França a estudar.
A Cultura Provençal,
Era-lhe familiar.

O Rei Afonso Terceiro,
Mandou vir para o País,
Escritores e poetas,
Que influenciaram Dom Dinis.

Dom Dinis o Rei poeta,
Filho do Rei bolonhês,
Decretou que os documentos,
Fossem escritos em Português.

Herdou o trono ainda novo,
Este Rei tão popular.
Para bem de todo o povo,
Começou a governar.

Em mil duzentos e noventa,
A universidade criou,
Quer em Lisboa, ou Coimbra,
A universidade se instalou.

Criou a universidade,
Desenvolveu a cultura.
Dom Dinis era técnico,
Em coisas da agricultura.

Chamaram-lhe o “lavrador”,
Por terras mandar lavrar,
O pinhal de Leiria,
Um dia mandou plantar.

Com Dom Dinis o Comércio,
Começou a florir,
Os pinhos davam madeira,
Para barcos construir.

Desenvolveu o comércio,
Protegeu os pescadores.
Dom Dinis também criou,
A “Bolsa de Mercadores”.

Dom Dinis criou leis,
Leis das amortizações,
Muitas terras ele doou,
Pelas pobres populações.

Muitas terras e courelas,
Que estavam abandonadas,
Distribuiu por moradores,
Das aldeias isoladas.

Criou muitas feiras francas,
De norte a sul do país,
Nenhum português esquece,
As obras de Dom Dinis.

Delimitou as fronteiras,
Do solo que hoje é Portugal.
Dom Dinis foi um bom monarca,
Não tivemos outro igual.

O Rei Afonso décimo,
Em Castela residia,
Ao seu neto Dom Dinis,
O Algarve doaria.

O Rei Afonso décimo,
Era avô de Dom Dinis,
Foi sábio e poeta,
Viveu um tempo feliz.

O Rei Afonso Décimo,
Homem, culto, homem cristão,
Desenvolveu a cultura,
Desde Castela a Aragão.

Escreveu cantigas de amigo,
Escárnio e mal dizer,
Escreveu tudo em Castelhano,
Para nada se perder.

Afonso décimo, “o Sábio”,
Escreveu muita poesia,
Comprovam-no as cantigas,
Cantigas de Santa Maria.

O Rei Dom Dinis casou,
Com Isabel de Aragão,
Ela foi Santa e Rainha,
Não houve outra na nação.

A Rainha Santa Isabel,
Uma senhora Bondosa,
Um dia fez o milagre,
Transformou o pão em rosas.

Jaime Primeiro, seu avô,
Monarca de um rico brasão,
Chamava à sua neta,
A Rosa de Aragão.

Era a mais linda rosa,
Da casa Aragonesa,
Nunca houve em Portugal,
Mulher com tanta nobreza.

A Corte Aragonesa,
Uma corte grandiosa.
Isabel sempre mostrou,
Seus dotes de piedosa.

Isabel sempre mostrou,
Seus dotes de caridade,
Veio para Portugal,
Com doze anos de idade.

Veio para Portugal,
Com doze anos de idade,
Pela corte aragonesa,
Sempre sentiu saudades.

Distribuiu, pelos pobres,
Sacadas de alimentos,
A leprosos e doentes,
Fazia seus tratamentos.

Dominava o português,
Geometria e arquitectura,
Estudou música e latim,
Desenvolveu a cultura.

Apaziguou conflitos,
Com cortesia e brilho,
Conflitos familiares,
Entre marido e filho.

A Rainha Santa Isabel,
Também foi embaixatriz,
Resolveu alguns conflitos,
Na Europa e no País.

Santa Clara, Santa Clara,
Teu próprio nome encanta,
Dentro de ti se venera,
Isabel Rainha Santa.

Dom Dinis, o Rei poeta,
Não foi um marido, fiel,
Muitas vezes ele traiu,
A sua esposa Isabel.

Dom Dinis o Rei poeta,
Dava a sua escapadela,
Teve alguns filhos bastardos,
Nesta ou naquela donzela.

Diz o saber popular,
Que o poeta Dom Dinis,
Foi um Rei inteligente,
Ele “fez tudo quanto quis”.

Dom Dinis o Rei poeta,
Tinha o dote de escrever,
Escreveu cantigas de amigo,
Escárnio e mal dizer.

Dom Dinis o Rei poeta,
Foi jogral e trovador,
Escreveu muita poesia,
Muitas cantigas de amor.

Dom Dinis o ecologista,
Protegia a natureza,
Quando via ramos cortados,
Sentia enorme tristeza.

Quem cortasse mais ramos,
Que aqueles que ele mandava,
Pagava pesada coima,
O Rei não perdoava!

Quantos portugueses davam,
Hoje, ter um ministro assim,
Os campos seriam lavrados,
A terra seria um jardim.

Quantos portugueses davam,
Ter um ministro lavrador,
A floresta, não ardia,
Quando chegasse o calor.

As matas estavam limpas,
A floresta ordenada,
Não havia subsídios,
Nem tanta mata queimada.

Dom Dinis o lavrador,
Viveu um longo reinado,
Foi um Rei muito feliz,
Pela sorte bafejado.

Nos alvores de catorze,
Morreu o Rei Dom Dinis.
Ficou Afonso Quarto,
A governar o País.

Ferreira Augusto

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