Translate

quinta-feira, 27 de julho de 2017

Capítulo 18: 
Consequências da fome, peste e das guerras do século catorze

Foram várias as consequências,
Que o Continente sentiu,
Houve fome, peste e guerras,
A economia regrediu.

Os Peruzzi e os Bardi,
Senhores fortes banqueiros,
Faliram desesperados,
Não circulava dinheiro.

Os banqueiros italianos,
Casas de enorme riqueza,
De um momento para o outro,
Mergulharam na pobreza.

Os Peruzzi e os Bardi,
Faliram desesperados,
O comércio estagnou,
Desapareceram os mercados.

Em algumas regiões,
O campo não foi lavrado,
Alguns senhores optaram,
Pela criação de gado.

A região de Castela,
Terra de grandes pastores,
Criaram gado merino,
Enriquecendo os senhores.

A teoria de Malthus,
Acerca da população,
Tem sido analisada,
E tem a sua razão.

Para a população,
No mundo ser equilibrada,
Tem de haver pestes e guerras,
Com muita gente esmagada.

Tem de haver grandes catástrofes,
Com muitos mortos no chão,
Só assim se pode equilibrar,
As pessoas com a produção.

Havia falta de trigo,
Os produtos encareciam,
Muita gente tinha fome,
Os campos não produziam.

Havia rebeliões,
Camponeses bem armados,
Lutavam contra os senhores,
Pondo em perigo os Estados.

Houve muitos conflitos,
E muitas rebeliões,
Nas cidades os famintos,
Engrossavam multidões,

O campo se abandonou,
O gado fica sem pastor,
Quer no campo, quer na cidade,
A morte espalhou a dor.

O campo se abandonou,
O gado ficou sem dono,
Mais parecia o fim do Mundo,
Nesta Europa sem outono.

Como morria muita gente,
Mão-de-obra faltava,
As oficinas fechavam,
A vida paralisava.

Peste negra, peste negra,
Que assim foste escura,
Quantas almas sem pecado,
Levaste para a sepultura.

Um terço da população,
A peste negra ceifou,
Com tanta gente perdida
O reino se despovoou.

O século catorze marcou
A escrita dos cronistas,
A peste negra foi musa,
De poetas e artistas.

Escreveram os cronistas,
Coisas que fazem tremer,
Pois o século catorze,
É um século a esquecer.

Escreveram os cronistas,
Episódios de arrepiar,
Houve fome, peste e guerras,
Muitos campos por lavrar.

Escreveram os cronistas,
Num papel amarelado,
Que no século catorze,
O povo foi bem castigado.

Foi um quadro vivido,
Na época medieval.
Só terá sido ultrapassado,
Pela guerra Mundial,

Quando chegava o verão,
Também chegava o calor.
Não havia solução,
Para evitar tanta dor.

A Europa desolada,
Com cadáveres por todo o lado,
O comércio desapareceu,
E o campo abandonado.

Muitas regiões perderam,
Parte de população,
Quantos partiram para o além,
Sem levarem confissão.

O apocalipse andava,
Presente no dia-a-dia,
Isto é castigo de Deus,
Era o que o povo dizia.

Uns culpavam os ratos,
Outros culpavam os judeus,
Outros diziam que a peste,
Era castigo de Deus.

A pestilência causava,
Um sentimento profundo.
Profetizavam os profetas,
Que seria o fim do Mundo.

Nesta época medieval,
Houve muito sofrimento,
Para aliviar tanta dor,
Só com o Renascimento,

Durante o século treze,
Era impensável prever,
Que o século catorze,
A morte iria trazer.

Durante o século catorze,
Alteraram-se as paisagens,
Durante o século quinze,
Foi um século de viagens.

Também morreu muita gente,
No Reino de Portugal,
O campo se abandonou,
Houve êxodo rural.

Morreu muita gente com a fome,
Outra com a epidemia,
Faziam-se procissões,
À Virgem Santa Maria.

Houve êxodo rural,
Os campos se abandonaram,
Para trabalhar a terra,
Leis os Reis publicaram.

O Rei Afonso quarto,
Leis do Trabalho publicou,
Mandou cortar muito mato,
Muita terra semeou.
Ferreira Augusto

Sem comentários: