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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010


O SAME


O Same é um tractor,
Para rasgar o duro chão,
Não há outro como ele,
Cá para trás do Marão.

Há lavradores que lavram,
Com vacas, bois e jumentos.
Como podem estes homens,
Aumentar estes rendimentos?

Há lavradores no nordeste,
Com baixa produção,
Só por não terem ainda,
Tractores Same à mão.

Os campos do nordeste,
São duros, posso dizer,
Marcam a força do Same,
São mais fáceis de revolver.

O Same é um tractor,
Muito forte e poderoso.
Não há outro que o torça,
Mesmo quando ele for idoso.

Vai aos vales e montanhas,
Aos cabeços e às ribeiras.
Transporta lenha e castanhas,
Pedra, terra e madeiras.

Não lavres mais lavrador,
Com as vacas coitadinhas!
Lavra mais este tractor,
Que três juntas de vaquinhas.

Lavradores que eu conheço,
Não querem acreditar,
Quando lhe falo no preço,
Que eles têm de pagar.

É um tractor excelente
Para estes solos lavrar.
Quem o tem está bem contente,
Nunca imaginou sonhar.

A terra dura revolve,
A seca e a molhada,
Muita gente se comove.
Ao vê-lo passar na estrada.

Enquanto lavra a pedra dura,
Ganha a massa para se pagar,
A lei dos três anos perdura,
Para quem o quer comprar.

Quem quiser comprar, que compre!
Eu já estou remediado,
Já comprei um tractor Same,
Tractor bem ao meu agrado.


Ferreira Augusto

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