Capítulo 3:
Afonso Henriques defendia,
Seu condado, seu tesouro,
Pensou alargar seu espaço,
Para além do rio douro.
Para além do rio douro,
Começa terras a conquistar,
Defendendo o seu tesouro,
E seu espaço alargar.
Afonso Henriques “temível”,
Dos mouros não tinha medo,
Alargou seu território,
Para além do rio Mondego.
Caminhava para sul,
Ninguém o conseguia parar,
Passou em Leiria e em Ourique,
Foi forte a batalhar.
Guimarães foi capital,
Afonso aí morou,
Par conquistar Santarém,
Para Coimbra se mudou.
O Tratado de Zamora,
Em mil cento e quarenta e três,
Reconhece a independência,
Do Reino Português.
Em mil cento e quarenta e três,
Como reza a tradição,
Foi condecorado Rei,
E chefe desta Nação.
Afonso Henriques cristão,
Cristãos eram seus cavaleiros,
Muitas terras e riqueza,
Doou igrejas e mosteiros,
Em mil cento e trinta e nove,
O papa Alexandre Terceiro,
Reconheceu então,
Portugal como Reino.
A Bula Manifestis Provatus,
Um documento papal,
Reconheceu então,
O Reino de Portugal.
O Rei Afonso Henriques,
Foi um grande lutador,
Por conquistar terras aos mouros,
Ficou o conquistador.
Os homens de Afonso Henriques,
Usavam a tática do assalto,
Para defenderem seu espaço,
Erguiam castelos altos.
Não quis parar por aqui,
Afonso foi mais além,
Em mil cento e quarenta e sete,
Conquistou Lisboa e Santarém.
Lisboa estava com os Mouros,
Quem a havia de tomar,
O Rei Afonso Henriques,
E os cruzados a ajudar.
Lisboa esteve cercada,
Durante três meses e tal,
Os Mouros pediram tréguas,
Lisboa ficou a Capital.
Henriques venceu os mouros,
Com a ajuda dos cruzados,
Franceses e Ingleses,
Que no Tejo estavam armados.
O Tejo corria largo,
As ondas sempre a bater,
Mas os homens de Afonso Henriques,
Souberam essas ondas vencer.
Chegados à outra margem,
Abriu-se outra janela,
Em pouco tempo, conquistou,
Setúbal, Almada e Palmela.
Houve avanços e recuos,
Para conquistar terras,
Entre mouros e cristãos,
Houve batalhas e guerras.
Houve avanços e recuos,
Ninguém queria temer,
Quantas terras se conquistavam,
Para voltar a perder.
O Rei Afonso Henriques,
Tinha a ânsia de conquistar.
Pensava expulsar os mouros,
Para terras de além-mar.
Os mouros ele derrotou,
Vitória, após vitória,
A Afonso Henriques se deve,
Pedaços da nossa História.
O Rei Afonso Henriques,
Durante dezenas de anos,
Cavalgou cavalos mansos,
Fez corridas com garra-nos.
Afonso Henriques casou,
Com a Rainha Mafalda,
Na igreja de Santa Cruz,
Ela está sepultada.
Em mil cento e oitenta e cinco,
Morreu o nosso Rei primeiro,
Sucedeu-lhe Dom Sancho,
Por ser legítimo herdeiro.
A luta continuou,
Para além do Rio Tejo,
Com os mouros batalhou,
Em terras do Alentejo.
Geraldo foi um guerreiro,
Aventureiro, e Leal,
Foi uma figura lendária,
Na História de Portugal.
Foi um guerreiro temível
Não tinha medo de agoiros,
Ajudou Afonso Henriques,
Na luta contra os mouros.
Ofereceu-se voluntário,
Para Évora conquistar.
Em pouco tempo do Burgo,
Conseguiu os mouros expulsar.
O burgo de Badajoz,
Não conseguiu vencer,
Retirou-se com o seu bando,
Para ali não morrer.
Pensou ir conquistar Ceuta,
E lá fazer espionagem,
Não voltou a Portugal,
Foi fatal essa viagem.
Pensou em conquistar Ceuta,
Tinha as tropas bem armadas,
Nessa região foi morto,
Pelas forças Almóadas.
Na região de Valverde,
Está o castelo do Geraldo.
Por terras do Alentejo,
Seu nome ainda hoje é lembrado.
Quem for a Évora pode ver,
Lá na praça o Sem pavor.
Por terras do Alentejo,
Lhe guardam louvor.
Montado no seu cavalo,
Com uma espada na mão,
Sem Pavor, é olhado,
Como seu guardião.
Quem for a Évora pode ver,
Lá na praça o Pavor,
Todos lhe rendem homenagem,
A esse homem lutador.
Geraldo Sem Pavor,
Tem o seu nome na História,
Seduzindo os Muçulmanos,
Assim se deu a vitória.
Ferreira Augusto
Sem comentários:
Enviar um comentário