Capítulo 6:
A Vida Quotidiana na Casa Senhorial
Na Corte de Dom Dinis,
Felizes saraus havia,
A onde jograis e cantatrizes,
Mostravam sua alegria.
Na corte também havia,
Bailatrizes e trovadores,
Liam-se poemas e contos,
Livros com novos valores.
Os jograis e os trovadores,
Tinham imenso talento,
Nesse tempo a cultura ,
Teve forte desenvolvimento.
Viola de arco e saltério,
Alaúde e titulões,
Eram belos instrumentos,
Para os jograis tocar canções.
Desenvolveu-se a cultura,
Criou-se a universidade,
Nesta época medieval,
Ficou mais culta a sociedade.
Nas casas senhoriais,
Havia grandes salões,
Onde recebiam os hóspedes,
E faziam refeições.
Havia cadeiras e mesas,
Arcas para objectos guardar,
Havia escanos compridos,
Para a gente se assentar.
Com lamparinas de azeite,
Se fazia a iluminação,
Com velas feitas de cebo,
Pau seco ou ursão.
Os nobres comiam bem,
Quer na vila ou na aldeia,
Faziam duas refeições,
Jantar e longa ceia.
Comiam carne e peixe,
Queijo, fruta e pão,
Quando não tinham talheres,
Comiam tudo com a mão.
Na casa senhorial,
Higiene não faltava,
Havia uma toalha,
Onde a faca se limpava.
Havia muita higiene,
Durante a refeição,
Uma tigela, com água,
Onde se lavavam as mãos.
A actividade de nobre,
Nessa época pode-se ver,
Era pegar em armas,
Ir para a guerra a combater.
Era armado cavaleiro,
Com dezasseis anos de idade,
Ir para o monte a caçar,
Era outra actividade.
Havia altos saraus,
Nas casas senhoriais,
Ouviam-se lindas cantigas,
Cantadas pelos jograis.
Ouvia-se nesse tempo,
Em casa dos senhores,
Ouvia-se os saltimbancos,
Os jograis e trovadores.
Eram os divertimentos,
Com que os nobres se alegravam,
As damas cuidavam da casa,
Bordavam e passeavam.
Os nobres iam a torneios,
Corriam com seus criados,
Jogavam o jogo da lança,
Caçavam ursos e veados.
Quando chegavam a casa,
Os senhores muito cansados,
Nos aposentos jogavam,
Jogavam o xadrez e dardos.
Havia muita alegria,
Os jograis e os trovadores,
Iam de castelo, em castelo,
Divertindo os senhores.
O senhor nesse tempo,
Vestia fino tecido,
Saio, palote e sabardo,
Calçava sapato comprido.
Senhoras e donzelas,
Vestiam camisa fina,
Palote e túnica bela,
Manto chamado crespina.
Os nobres no seu domínio,
Tinham força de gigante,
Administravam a justiça,
Das tropas eram comandantes.
O nobre no seu domínio,
Tinha por obrigação,
A todos os habitantes,
Dar guarida e protecção.
Recrutavam soldados,
Impostos recebiam,
Quem estivesse na sua dependência,
O nobre protegia.
No senhorio havia,
Camponeses pobres,
Pagavam altos impostos,
Ao senhor e ao nobre.
As casas dos nobres e dos senhores,
Tinham ricos brasões,
Santo António era venerado
Pelos seus lindos sermões.
Santo António protector,
De muitas coisas perdidas.
Santo António casamenteiro,
Casa bem as raparigas.
O sino nessa época,
Era muito importante,
Era o relógio que havia,
Para qualquer caminhante.
Lentamente era a finados,
Com passado à trindade;
O Toque repenicado,
E incêndio ou calamidade.
Ferreira Augusto
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