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sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Naquele velho caminho
Naquele velho caminho,
Nasciam as violetas,
O seu aroma docinho,
Enfeitiçava os poetas!

Em tardes de primavera,
Ou pela manhã cedinho,
Gostava de ser quem era,
Ao passar nesse caminho.

Este espaço está triste,
As violetas morreram!
O caminho está triste,
Nele uma via fizeram!

Nele passam bicicletas,
Para trás e para a frente,
Saudades das violetas,
Agora o povo sente!

Caminho por lá sozinho,
Tristonho, ao fim da tarde,
Para lembrar o caminho,
E matar minha saudade!

Passeiam lá atletas,
Por desporto ou lazer,
O perfume das violetas,
Desapareceu ao nascer!

Não é castanho, é preto,
O chão do velho caminho,
Não esqueço o verde e o roxo,
Daquele velho caminho!

Passeiam por lá atletas,
Muitos filhos, muitos pais,
Mas as roxas violetas,
Morreram para nunca mais!



Ferreira Augusto

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