O
que fui em outra vida...
Há
memória perguntei,
Que
andava um pouco esquecida,
A
resposta encontrei,
Do que
fui na outra vida.
Regredi
minha memória,
Fi-lo e
não gastei nada,
Fiquei a
saber a história,
Da minha
vida passada.
Na minha
vida passada,
Fui trovador
fui jogral,
Com
alegria cantava,
Para a
família real.
Na minha
vida passada,
Fui
jogral, fui trovador,
Na casa
acastelada,
Eu
divertia o senhor.
Toquei
em muitos salões,
Em festas
e casamentos,
Alaúdes
e titolões,
Eram os
meus instrumentos.
Na casa
senhorial,
Toquei
para muita donzela,
Umas
vezes ao portal,
Outras
vezes à janela.
Foi
feliz a minha sorte,
No meio
da fidalguia,
Para as
damas da corte,
Toquei e
li poesia.
Na época
medieval,
De
castelo, em castelo andei,
Para a
família real,
Muitas
cantigas cantei.
Não me
lembrava de nada,
Mas hoje
consigo dizer,
Que na
casa acastelada,
Eu me
dei a conhecer.
Ferreira Augusto
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