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sexta-feira, 31 de março de 2017

Capítulo 5:
Concelhos e Cartas de Foral
 
Atribuíram os reis,
Muitas cartas de foral.
Apareceram os Concelhos,
Nessa altura em Portugal.

Pela carta de foral,
O Rei delegava poderes.
Os senhores dos Concelhos,
Tinham direitos e deveres.

Apareceram nesta altura,
Os Concelhos em Portugal,
De Bragança a Leiria,
Da Guarda a Vila Real.

Os nobres também passavam,
Nesse tempo em Portugal,
Dentro do seu senhorio,
Muitas cartas de foral.

Muitas cartas de foral,
Passou o Rei Dom Dinis,
A Concelhos e povoações,
De norte a sul do País.

Havia os homens Bons,
Juízes de olhares marotos,
Vizinhos que trabalhavam,
Mordomos quebravam impostos.

Havia pelourinhos,
No meio das povoações,
Serviam para condenar,
Quem não cumprisse as obrigações.

Hoje, ainda há pelourinhos,
Que estão bem conservados,
A onde outrora morreram,
Muitos homens condenados.

Bragança tem uma Domus,
E conforme a tradição,
Aí reunião os homens bons,
De toda a região.

Os Concelhos rurais,
Tinham muitos moradores,
Agricultores e artesãos,
Pastores e pescadores.

Os Concelhos mais urbanos,
Tinham homens mais civilizados,
Tinham ricos comerciantes,
Artesãos especializados.

Em Lisboa se pode achar,
A rua dos caldeireiros,
Noutras Vilas se pode encontrar,
A rua dos sapateiros.

Nas feiras se vendiam,
Vinho, frutas e animais,
Nas feiras se ouviam,
As cantigas dos jograis.

Nas feiras se trocavam
Produto, por produto,
Os que eram mais espertos,
Acumulavam os lucros.

Os jograis, eram pobres,
Cantavam para viver,
Em feiras e romarias,
Se davam a conhecer.

Nesse tempo começaram,
As cidades a crescer,
Os burgos eram pequenos,
Para tanta gente viver.

Neste tempo as cidades,
Dia após dia, cresciam,
Para fora das muralhas,
As casas construíam.

Os burgueses nesse tempo,
Tinham grande saber,
Dedicavam-se ao comércio,
Sabiam ler e escrever.

Sabiam câmbio fazer,
As moedas conheciam,
Faziam grandes negócios,
Raramente eles perdiam.

Os burgueses enriqueceram,
Com o comércio dia a dia,
Criaram uma nova classe,
Chamada burguesia.

Chamava-se burguesia,
Esta nova sociedade,
Vivia fora do burgo,
Em bairros novos da cidade.

Eram de estilo Romano,
Catedrais, construídas,
Eram fortes construções,
Em pontos centrais erguidas.

Construíam castelos,
Casas com muralhas fortes.
Quando era necessário,
O Rei reunia cortes.

O rei era acompanhado,
Pela família Real,
Por cavaleiros e guerreiros,
E pessoal serviçal.

Quando a corte se deslocava,
Para fora da região,
Os Reis ouviam as queixas,
De toda a população.

Os burgueses enriqueceram,
Acumularam riqueza,
Ajudaram a construir,
Palácios, castelos e igrejas.

Sua vila, seu reguengo,
O Rei ia visitar,
Era sempre vantajoso,
O Rei estar nesse lugar.

O Rei era poderoso,
Tinha toda a autoridade,
Na vila ou no reguengo,
Quer no campo ou na cidade.

Aplicava a justiça,
Possuía muita terra,
Fazia as leis gerais,
Decidia da paz e da guerra.

Ao Rei também cabia,
Mandar moeda cunhar,
Decidia da paz e da guerra,
E de algum membro cortar.

Quando o País estava em crise,
Ou gozava de mau estar,
Reunia com o clero e nobreza,
Para se aconselhar.

Ferreira Augusto
Apresentação do livro de João Pinto Coelho "Perguntem a Sarah Gross" na Escola Secundária Emídio Garcia - Bragança







segunda-feira, 27 de março de 2017

quarta-feira, 22 de março de 2017

Capítulo 4:
Conquista definitiva do Algarve - Povoamento de Reino

Dom Sancho pegou em armas,
Para terras conquistar.
Depois da batalha ganha,
Terras mandou povoar.

Na conquista de terras,
Participou a população,
Quer nobres, quer monges,
Lutaram de armas nas mãos.

Também iam para a guerra,
Camponeses e artesãos,
Muitas vezes mal preparados,
Com armas fracas nas mãos.

Nos combates mais importantes,
O Rei era comandante,
Na conquista de terras,
O povo foi importante.

O povo foi importante,
Para terras conquistar,
Em troca o Rei lhe dava,
Terras para cultivar.

Sancho primeiro conquistou,
Moura, Silves e Alvor,
Por mandar povoar terras,
Chamaram-lhe o povoador.

Ajudaram no povoamento,
As ordens dos Templários,
Cluni e Santiago,
Cister e os hospitalários.

Ajudaram no povoamento,
Mas não foi a custo zero,
Havia outros interesses,
Pela parte do clero.

Quando morreu Dom Sancho,
Sentiu-se um choro profundo,
Sucedeu-lhe no trono,
Seu filho Afonso Segundo.

Afonso segundo o gordo,
A quem o povo queria bem,
Nasceu um dia em Coimbra
E morreu em Santarém.

Filho de Sancho primeiro,
E de Dulce de Aragão,
Ajudou no povoamento,
Aos pobres deu terras e pão.

Criou muitas Leis Gerais,
Aplicadas mais tarde;
Direito à justiça Civil,
Também da propriedade.

“O hábito faz o monge”,
Disso toda a gente sabe!
Don Sancho enquanto pequeno,
Andou vestido de frade.

Sancho Segundo o capelo,
Nunca viveu num convento.
Envolveu-se em várias lutas,
Teve um reinado Turbulento.

Sancho segundo o capelo,
Não deixou um filho varão,
Quando morreu sem herdeiro,
Sucedeu-lhe o seu irmão.

Em mil duzentos e quarenta e nove,
O Rei Afonso terceiro,
Reconquistou o Algarve,
Foi um ilustre guerreiro.

Deram a Afonso Terceiro,
O cognome de Bolonhês,
Rei de Portugal e dos Algarves,
Foi um Rei bem português.

O rei Afonso terceiro,
Em Espanha se casou,
Com Dona Brites a “Rabuda”,
Esta alcunha ela tomou.

"Pelote" com rabo atrás,
Vestia esta rainha,
Para tapar um defeito,
Que na sua perna tinha.

Para delimitar fronteiras,
E evitar mais entriguisses,
Foi preciso assinar,
O Tratado de Alcanices.

O tratado de Alcanices,
Um marco fenomenal,
Delimitou as fronteiras,
Entre Espanha e Portugal.

Dom Fernando e Dom Dinis,
Monarcas leais,
Delimitaram as fronteiras,
Que ainda hoje são atuais.

Assim as populações,
Ficaram a conhecer,
As terras que cada reino,
Deveria defender.

Dividiram-se as terras,
Entre Portugal e Espanha.
Que o Povo foi povoando,
Quer no vale, quer na montanha.

Povoou-se o território,
Fundaram-se aldeamentos,
Que foram crescendo então,
Com o decorrer dos tempos.

Os campos que estavam incultos,
Começam a ser desbravados,
Semeou-se trigo e cevada,
Em volta dos povoados.

Os monarcas desse tempo,
Possuíam muita riqueza,
Repartiram muitas terras,
Pelo clero e nobreza.

Distribuíram muitas terras,
Pelas ordens militares,
Pelos conventos e mosteiros,
Pelas classes populares.

Há três grupos sociais,
Neste Portugal novo,
Clero e a nobreza,
Na base ficava o povo.

O Clero que rezava,
A nobreza que combatia,
O povo que trabalhava,
Este, nada recebia.

O povo que trabalhava,
Só tinha obrigações,
Pagava altos impostos,
Não recebia pensões.

Assim se foi povoando,
O território Português,
Quer no norte, quer no sul,
Foi importante o camponês.

Afonso Segundo o Gordo,
Sancho Primeiro o povoador,
Sancho Segundo o capelo,
Dom Dinis o lavrador.
Ferreira Augusto

segunda-feira, 13 de março de 2017

Capítulo 3:
Alargamento de Território

Afonso Henriques defendia,
Seu condado, seu tesouro,
Pensou alargar seu espaço,
Para além do rio douro.

Para além do rio douro,
Começa terras a conquistar,
Defendendo o seu tesouro,
E seu espaço alargar.

Afonso Henriques “temível”,
Dos mouros não tinha medo,
Alargou seu território,
Para além do rio Mondego.

Caminhava para sul,
Ninguém o conseguia parar,
Passou em Leiria  e em Ourique,
Foi forte a batalhar.

Guimarães foi capital,
Afonso aí morou,
Par conquistar Santarém,
Para Coimbra se mudou.

O Tratado de Zamora,
Em mil cento e quarenta e três,
Reconhece a independência,
Do Reino Português.

Em mil cento e quarenta e três,
Como reza a tradição,
Foi condecorado Rei,
E chefe desta Nação.

Afonso Henriques cristão,
Cristãos eram seus cavaleiros,
Muitas terras e riqueza,
Doou igrejas e mosteiros,

Em mil cento e trinta e nove,
O papa Alexandre Terceiro,
Reconheceu então,
Portugal como Reino.

A Bula Manifestis Provatus,
Um documento papal,
Reconheceu então,
O Reino de Portugal.

O Rei Afonso Henriques,
Foi um grande lutador,
Por conquistar terras aos mouros,
Ficou o conquistador.

Os homens de Afonso Henriques,
Usavam a tática do assalto,
Para defenderem seu espaço,
Erguiam castelos altos.

Não quis parar por aqui,
Afonso foi mais além,
Em mil cento e quarenta e sete,
Conquistou Lisboa e Santarém.

Lisboa estava com os Mouros,
Quem a havia de tomar,
O Rei Afonso Henriques,
E os cruzados a ajudar.

Lisboa esteve cercada,
Durante três meses e tal,
Os Mouros pediram tréguas,
Lisboa ficou a Capital.

Henriques venceu os mouros,
Com a ajuda dos cruzados,
Franceses e Ingleses,
Que no Tejo estavam armados.

O Tejo corria largo,
As ondas sempre a bater,
Mas os homens de Afonso Henriques,
Souberam essas ondas vencer.

Chegados à outra margem,
Abriu-se outra janela,
Em pouco tempo, conquistou,
Setúbal, Almada e Palmela.

Houve avanços e recuos,
Para conquistar terras,
Entre mouros e cristãos,
Houve batalhas e guerras.

Houve avanços e recuos,
Ninguém queria temer,
Quantas terras se conquistavam,
Para voltar a perder.

O Rei Afonso Henriques,
Tinha a ânsia de conquistar.
Pensava expulsar os mouros,
Para terras de além-mar.

Os mouros ele derrotou,
Vitória, após vitória,
A Afonso Henriques se deve,
Pedaços da nossa História.

O Rei Afonso Henriques,
Durante dezenas de anos,
Cavalgou cavalos mansos,
Fez corridas com garra-nos.

Afonso Henriques casou,
Com a Rainha Mafalda,
Na igreja de Santa Cruz,
Ela está sepultada.

Em mil cento e oitenta e cinco,
Morreu o nosso Rei primeiro,
Sucedeu-lhe Dom Sancho,
Por ser legítimo herdeiro.

A luta continuou,
Para além do Rio Tejo,
Com os mouros batalhou,
Em terras do Alentejo.

Geraldo foi um guerreiro,
Aventureiro, e Leal,
Foi uma figura lendária,
Na História de Portugal.

Foi um guerreiro temível
Não tinha medo de agoiros,
Ajudou Afonso Henriques,
Na luta contra os mouros.

Ofereceu-se voluntário,
Para Évora conquistar.
Em pouco tempo do Burgo,
Conseguiu os mouros expulsar.

O burgo de Badajoz,
Não conseguiu vencer,
Retirou-se com o seu bando,
Para ali não morrer.

Pensou ir conquistar Ceuta,
E lá fazer espionagem,
Não voltou a Portugal,
Foi fatal essa viagem.

Pensou em conquistar Ceuta,
Tinha as tropas bem armadas,
Nessa região foi morto,
Pelas forças Almóadas.

Na região de Valverde,
Está o castelo do Geraldo.
Por terras do Alentejo,
Seu nome ainda hoje é lembrado.

Quem for a Évora pode ver,
Lá na praça o Sem pavor.
Por terras do Alentejo,
Lhe guardam louvor.

Montado no seu cavalo,
Com uma espada na mão,
Sem Pavor, é olhado,
Como seu guardião.

Quem for a Évora pode ver,
Lá na praça o Pavor,
Todos lhe rendem homenagem,
A esse homem lutador.

Geraldo Sem Pavor,
Tem o seu nome na História,
Seduzindo os Muçulmanos,
Assim se deu a vitória.

Ferreira Augusto

quarta-feira, 8 de março de 2017

Capítulo 2:
Formação de Portugal

Muita gente quer saber,
Como se formou Portugal,
Já nasceu há muitos anos,
Oito séculos e tal!

Este pequeno canteiro,
A que hoje chamamos Portugal,
Tem oito séculos de vida,
No Mundo não há igual.

Foi crescendo pouco a pouco,
A história do meu país,
Toda a árvore para crescer,
Tem de ter boa raiz.

Muita gente quer saber,
Como o País foi formado.
Houve batalhas e guerras,
Muito sangue derramado.

Muita gente quer saber,
Como foi a Formação,
Em versos vou escrever,
A história desta Nação.

Portugal, é um rectângulo,
Á beira mar plantado.
Foi berço de muitos heróis,
Em todo o Mundo é falado.

Eu gosto muito de história,
De História universal.
A história que me dá mais gozo,
É a História de Portugal.

Plágio o Rei Visigodo,
Nas Astúrias se instalou,
Ao longo de vários anos,
Suas tropas organizou.

Plágio desceu dos montes,
Na sua espada pegou,
Na batalha de Cobadonga,
Os infiéis derrotou.

A batalha se travou,
Numa formosa manhã,
A partir dessa batalha,
Continuou a luta cristã.

Um dia fui às Astúrias
Sua estátua encontrei,
No lugar de Cobadonga,
Um forte abraço lhe dei.

Foi No Século oitavo,
Que a luta começou,
Plágio estava no norte,
Para sul se deslocou.

Plágio fiel guerreiro.
O seu espaço protegeu,
Travou batalhas e guerras,
Plágio sempre venceu.

Nas montanhas das Astúrias,
Fez a sua moradia,
Com muita força e coragem,
O seu espaço defendia.

Plágio fiel guerreiro,
Foi um grande lutador.
Derrotou os infiéis,
Foi um super-vencedor.

Plágio desceu dos montes,
E pegou na sua espada,
Olhou novos horizontes,
Abrindo uma nova estrada.

A partir, do século oitavo,
Na ibéria se formaram,
Alguns reinos cristãos,
Que seu espaço conservaram.

Na Ibéria se formaram,
Reinos mouros , reinos  cristãos,
Para defenderem suas terras,
Lutaram de armas nas mãos.

Na ibéria se formou,
O reino de Leão,
O de Castela e Navarra,
E também o de Aragão.

Na ibéria se formou,
Um Reino todo-poderoso.
Era o Reino de Afonso sexto,
Um reino muito grandioso.

O Rei Afonso Sexto,
Homem culto, homem cristão,
Possuía um vasto império,
Desde Castela a Leão.

Para Sul destes Reinos,
Estava o Reino da Mourama,
Que aí se tinha instalado,
Chegados da Mauritânia.

A Mourama pretendia,
O seu espaço alargar,
As terras de Afonso sexto,
Pretendia  ocupar.

Afonso pegou em armas,
Os muçulmanos ataca,
Mas sofreu pesada derrota,
Na batalha de Zalaca.

Pediu ajuda à França,
Que o viessem ajudar,
A lutar contra os infiéis,
E a cruz de Cristo salvar.

Chegaram vários cruzados,
Dois deles talentosos,
Lutaram contra os infiéis,
Saindo vitoriosos.

Chegaram dois cavaleiros,
Contra os infiéis lutar,
Todos juntos conseguiram,
A cruz de cristo salvar.

Chegaram à Península,
Dois talentosos cavaleiros,
Nunca se viu por estas terras,
Assim tão bravos guerreiros.

Afonso sexto quis,
Esses cruzados recompensar.
Deu-lhe as filhas em casamento,
E terras para governar.

Ao cruzado Raimundo,
Que nunca faltava à missa,
Deu-lhe a sua filha Urraca,
E o Condado da Galiza.

Ao cruzado Henrique,
Por ser um homem leal,
Deu-lhe a sua filha Teresa,
E o Condado de Portucalle.

Lá se vai o Conde Henrique,
Conhecer nova paisagem,
Cuidar do seu feudo,
E prestando vassalagem.

Governava o seu feudo,
Ficando na dependência,
A Afonso sexto prestava,
Lealdade e obediência.

Fruto desse casamento,
Nasceu um filho aleijado,
Foi crescendo pouco a pouco,
Por Egas foi educado.

No ano de mil cento e nove,
Afonso Henriques nasceu,
Tinha apenas três anos,
Quando o seu pai morreu.

Esta criança nasceu,
Deste casamento condal,
Mais tarde havia de ser,
Futuro Rei de Portugal.

O conde Henrique morreu,
Afonso criança ficava,
Dona Teresa tomou amores,
Com o galego de Trava.

Dona Teresa tomou amores,
Com o galego de Trava,
Mas a nobreza portucalense,
O galego detestava.

O jovem Afonso Henriques,
Sonhava ser guerreiro,
Com catorze anos de idade,
Armou-se então cavaleiro.

Foi armado cavaleiro,
Em Zamora certo dia,
Começou a combater,
Pela fé da Virgem Maria.

O jovem Afonso Henriques,
A quem os nobres queriam bem,
Organizou um exército,
Lutou contra a sua mãe!

Em mil cento e vinte oito,
A batalha foi travada,
Nos campos de São Mamede,
Dona Teresa foi derrotada.

Em Lanhoso esteve presa,
Pelos nobres humilhada,
O jovem Afonso Henriques,
O Condado governava.

Guimarães tem um castelo,
Exi-íbis da cidade,
Nenhum português esquece,
O berço da nacionalidade.




Afonso Henriques era,
De Afonso sétimo rival,
Pois o seu primo queria,
O reino de Portugal.

Afonso Henriques astuto,
Tinha sangue português,
Derrotou Afonso sétimo,
Em Cerneja e Valdevez.

Ferreira Augusto