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sexta-feira, 24 de junho de 2016

Quem tramou as brasileiras

António e Leonor

António que levou para a guerra,
Um pombo-correio encantador!
Para levar as notícias para a terra.
Á sua noiva e amada Leonor!

Na hora da partida, o juramento:
Jurou-lhe de ser dele até à morte,
Na hora de Deus e de tormento,
Jurando disse Deus te dê boa sorte!

Um dia estando ele muito disposto,
Beijando o retrato dela que entendia,
Quando lhe cai, aos pés o pombo morto,
Com um simples bilhete que dizia:

Ela: Quebrei meu juramento eu bem sei,
Mas tu não voltes mais à nossa terra,
Esquece-te de mim, que eu já casei!
Bem feliz sejas, tu ai na guerra.

António gargalhou palidamente,
Cheio de raiva e de dor,
Pôs ao peito, o fogo heroicamente,
Morreu a chamar por Leonor.